sábado, abril 28, 2018

“Caminhos do Ferro e da Prata” sai do papel para o digital


Depois da exposição, depois da edição impressa, depois do reconhecimento da Associação Portuguesa de Museologia com uma menção honrosa, chega agora a vez de o catálogo “Caminhos do Ferro e da Prata” conhecer a versão online. Disponível em forma de e-book, juntam-se nesta obra a beleza das imagens, o percurso ao longo do rio Douro, os aspetos históricos e etnográficos, as tradições internacionais, fatores que fazem desta coleção fotográfica um conjunto único, acessível a partir de www.museudelamego.gov.pt.

quinta-feira, abril 26, 2018

O RENASCIMENTO CELTA

John Duncan, Tristão e Isolda, 1912; têmpera sobre tela; City Art Centre, Edimburgo

Não foi apenas no quattrocento italiano que se assistiu a um Renascimento. Enquanto que neste período foram recuperados os ideais clássicos da Roma antiga, juntamente com a sua expressão artística e literária, no ottocento dá-se um renascer de uma cultura igualmente importante: os celtas.
Entende-se por Renascimento Celta o fenómeno cultural que se iniciou nas Ilhas Britânicas, nomeadamente na Irlanda e na Escócia, durante o século XVIII. Apesar de inserido no panorama historicista deste período, as suas origens recuam, no entanto, até ao século XVI; época em que foram encontradas as primeiras referências ao povo celta nos manuscritos clássicos (Cunliffe: 2010). A necessidade cultural de um passado dignificante originou um investimento na arqueologia, de forma a comprovar a ligação entre estas nações e uma das civilizações mais antigas da Europa, à qual tinham pertencido os míticos druidas (Hutchinson: 2001). Este olhar romântico perdurou até aos finais do século XIX, quando o Renascimento Celta se viu materializado na arte das Ilhas Britânicas, fundindo-se posteriormente com o Simbolismo e a Arte Nova. No entanto, o revivalismo celta não possuiu apenas uma função cultural, tendo sido também motivado por objetivos políticos. 

Excerto de: FERRARI, Patrícia – “O Renascer da Arte Celta nos Entrelaces da Art Nouveau”, ARTIS – Revista de História da Arte e Ciências do Património, s. 2, n. 5, dez. 2017, pp. 156-163.


segunda-feira, abril 23, 2018

A Obra “Cérémonies et coutumes religieuses de tous les peuples du monde” de Bernard Picart e Jean Frederic Bernard

Hoje trazemo-vos uma obra que descobrimos na Colecção do Fundador do Museu Calouste Gulbenkian, numa visita com o curador João Carvalho Dias, e que aconselhamos que vão visitar, se estiverem em Lisboa. Trata-se do livro Cérémonies et coutumes religieuses de tous les peuples du monde (Cerimónias e costumes religiosos de todos os povos do mundo), obra da autoria de Bernard Picart e Jean Frederic Bernard, dois calvinistas franceses exilados nos Países Baixos, publicada em Amesterdão, entre 1723 e 1743.
Obra monumental, originalmente em 7 volumes, com mais de 3000 páginas e 250 gravuras, todas da autoria de Bernard Picart, era uma verdadeira enciclopédia sobre as religiões do mundo e um trabalho pioneiro sobre o tema.

Por: Maria Teresa Oliveira


quarta-feira, abril 18, 2018

"Descrição de Lamego do século XVI" agora também online


Documento maior para a história do Douro vinícola, conservado na Biblioteca Pública Municipal do Porto, “Descrição do terreno em redor de Lamego duas léguas” fica a partir de hoje acessível a todo o público. Sob a forma de e-book, o Museu de Lamego disponibiliza a sua última edição, datada de 2012. Tratando-se de um manuscrito da maior importância para o conhecimento da região do Douro antes da reforma pombalina e um dos mais importantes para o conhecimento do Portugal de quinhentos, a obra de Rui Fernandes é transcrita na íntegra, com edição, estudo introdutório e apêndice documental do historiador Amândio Barros.

segunda-feira, abril 16, 2018

MOSTEIRO DA BATALHA em filme

TRANSITIONS - de Ana Barroso, filmado e estreado no Mosteiro da Batalha
(com sonorização ao vivo de Miguel Sá), tem sido exibido internacionalmenteem vários festivais de cinema, museus e galerias de arte
  
Transitions, PT 2016
Produção e realização: Ana Barroso
Edição: Nuno M. Pereira
Direção de Fotografia: Edmundo Dáz Sotelo
Música: Miguel Sá
Interpretação. Vanda Franco

sexta-feira, abril 13, 2018

Acesso online ao Arquivo Álvaro Siza

notícia e imagem (Esboços-Casa-António-Carlos-Siza-1976-1978) daqui
"A Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Serralves e o Canadian Centre for Architecture, em Montreal tornam acessível projetos de arquitetura desde 1958
Em 2014, Álvaro Siza tomou a decisão de doar o seu extenso arquivo (que inclui projetos desde 1958, construídos e não construídos) a três instituições: a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves e o Canadian Centre for Architecture (CCA) em Montreal. No quadro deste caso excecional de colaboração institucional internacional, as três entidades comprometeram-se a estabelecer uma metodologia conjunta de tratamento arquivístico e de descrição de materiais que permita o acesso coletivo à notável obra de Álvaro Siza.
Com a doação do seu arquivo, Siza expressou “o desejo de que tantos anos de trabalho pudessem tornar-se úteis e contribuir para a pesquisa e o debate em torno da arquitetura, particularmente em Portugal, tendo em vista uma perspetiva em tudo contrária à do isolamento”. Assim, Siza comunicou a sua decisão de “doar o arquivo a duas instituições portuguesas que têm a experiência, a qualidade e a capacidade de desenvolver ou aumentar os seus respetivos arquivos e o objetivo de aumentar a acessibilidade, a disseminação e a participação ativa num debate que não é meramente nacional ou apenas centrado num único indivíduo”. E também “ao CCA, em Montreal, uma instituição com uma experiência e um prestígio inigualáveis, e com uma série consolidada de atividades no campo da arquitetura: exposições, publicações, pesquisa, relações com instituições congéneres e grande visibilidade. Uma vez que o CCA é reconhecido pela sua experiência na preservação e apresentação de arquivos internacionais, ficará a seu cargo a conservação de uma grande parte do meu arquivo e a tarefa de o tornar acessível, lado a lado com a obra de outros arquitetos modernos e contemporâneos”.
O arquivo completo, partilhado pelas três instituições, representa o interesse que, ao longo de toda a sua vida, Siza dedicou ao estudo da habitação unifamiliar e coletiva e ao planeamento urbano, bem como à conceção de projetos para centros culturais, museus e universidades em inúmeros países da Europa, Ásia e América. Este arquivo inclui atualmente textos, correspondência, fotografias e slides, cerca de 60.000 desenhos, 500 maquetes, 282 cadernos de esquissos e o arquivo de materiais digitais.
A documentação doada à Fundação Gulbenkian e à Fundação de Serralves foca-se nos projetos de Álvaro Siza em Portugal e data de 1958 até 2006. A documentação entregue ao CCA inclui projetos com repercussão internacional datados de 1958 até ao presente. Todos os projetos de 2006 em diante serão depositados no CCA.
A partir de fevereiro de 2018 as descrições arquivísticas destes materiais começarão a ser disponibilizadas online nos sites do CCA, Serralves e Gulbenkian, incluindo os primeiros projetos dos anos 1950 e 1960, bem como projetos para o IBA de Berlim e projetos de renovação urbana para a cidade de Haia datados dos anos 1980. Estes projetos incluem o edifício Bonjour Tristesse (Berlim, 1982–1983), Punt en Komma (Haia, 1985 – 1989), a Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, Matosinhos, 1963), as Piscinas de Leça da Palmeira (Matosinhos, 1966), o edifício do Banco Borges & Irmão (Vila do Conde, 1986), a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (Porto, 1992), o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, 1999), a Casa António Carlos Siza (Santo Tirso, 1976/78), a renovação da casa do caseiro – Casa Vieira de Castro (Vila Nova de Famalicão, 1984/85). Ao longo dos próximos anos outros materiais serão disponibilizados para pesquisa.
Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira (Matosinhos, 1933) começou a sua carreira no final dos anos 1950, na vanguarda de uma nova linguagem arquitetónica adaptada ao contexto cultural e social de Portugal. Ao longo do seu vasto e eminente percurso profissional, o trabalho de Siza foi largamente reconhecido. Em 1992 foi-lhe atribuído o Prémio Pritzker de Arquitetura e em 2012 o Leão de Ouro da Bienal de Veneza pelo conjunto da sua carreira, entre muitos outros prémios e distinções."

terça-feira, abril 10, 2018

Viseu, Exposição colectiva: “They try to bury us, but forgot we are seeds”




Na Quinta da Cruz, em Viseu, está patente ao público a exposição colectiva “They try to bury us, but forgot we are seeds” com obras de Vanessa Chrystie, John Gallo, Carlos No, Paulo Neves, Maia Horta e Johanne Grüne-Yanoff.
 Entrada livre / até 24 de Junho
 Por: Sónia Isidro

domingo, abril 08, 2018

Ciclo de de conferências, Palácio Nacional da Ajuda: "LISBOA, PATRIMÓNIO E CASAS ANTIGAS"

LISBOA, PATRIMÓNIO E CASAS ANTIGAS
Ciclo de Conferências no Palácio Nacional da Ajuda
Abril a Julho de 2018| Entrada livre


TERÇA FEIRA 10 DE ABRIL | 18H30
A Casa Senhorial em Lisboa – Da sua evolução histórica à situação de risco atual
Pedro Mascarenhas Cassiano Neves
Historiador e Curador da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna
No final lançamento da 2ª edição do livro Casas e Palácios de Lisboa. Pedras d’Armas.
Ed. SCRIBE.

QUINTA FEIRA 17 DE MAIO | 18H30
Classificação do património residencial em Portugal (1910-2016)
Ana Motta Veiga
Arquiteta (UAP) especializada em reabilitação da arquitetura. Doutoranda em Conservação e Restauro na FAUL.

TERÇA FEIRA 5 DE JUNHO | 18H30
Um tratadista do Séc. XVIII, José Manuel de Carvalho Negreiros
Jorge Brito e Abreu
Arquiteto

QUINTA FEIRA 21 DE JUNHO | 18H30
Ainda há surpresas em Lisboa
José Sarmento de Matos
Olisipógrafo

QUINTA FEIRA 5 JULHO | 18H30 (data a confirmar)
Intervenção no Palácio dos Condes de Murça
Manuel Aires Mateus
Arquiteto

TERÇA FEIRA 10 JULHO | 18H30 (data a confirmar)
Intervenções em arquitetura erudita
Vitor Mestre
Arquiteto

terça-feira, abril 03, 2018

“Cister no Douro” -- o catálogo


Depois de “A Faiança Portuguesa de Olaria na Intervenção Arqueológica no Mosteiro de São João de Tarouca” e do “Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Da fundação à extinção” chega agora a vez do catálogo “Cister no Douro” passar a estar também disponível em forma de e-book. De acesso livre a partir de www.museudelamego.gov.pt e www.valedovarosa.gov.pt, o Museu de Lamego e Vale do Varosa continuam a disponibilizar o conhecimento produzido ao longo dos últimos cinco anos, cumprindo mais uma vez o objetivo de chegar ao maior número de pessoas possível.