quinta-feira, junho 08, 2017

TOMAR, Convento de Cristo

Fonte: www.unesco.org

Por estes dias a comunidade patrimonial reflecte; o cidadão, especialmente nas redes sociais, reage.

Em causa está o Convento de Cristo e os acontecimentos no Claustro da Hospedaria. Sem conhecer pormenores, não nos parece aceitável o sucedido. Património da Humanidade, o local materializa a história e memória colectiva portuguesa e do Mundo.

O Património Cultural é um recurso a valorizar e rentabilizar. Mas tem algumas especificidades, a mais relevante a sua não renovação: uma vez destruído, não renasce. Interferindo na materialidade, interferimos na integridade e colocamos em risco a sua existência.

Tal não significa que o Património é intocável ou deve cristalizar-se em si mesmo. Mais depressa está condenado ao desaparecimento todo o monumento que não pertença à “vida” das pessoas. Mas, confessemos, há limites! Se queremos destruir não lhe deitemos fogo… transformemos em pousada, hotel, ou qualquer coisa assim. É mais civilizado, e faz correr menos tinta…

Em Tomar não se rentabilizaram recursos; potenciou-se destruição e dificultou-se a sua valorização. É certo que toda a gente fala no assunto e se calhar o Convento até aumenta o número de visitantes. Mas é uma estratégia com efeitos de curto prazo.

Imaginem o susto que os tomarenses apanharam quando viram fogo no Convento! 

Por Sofia Macedo